Nunca as
palavras haviam fugido de mim. até o dia em que tu cruzastes o meu caminho,
fugiram as palavras, o fôlego. revoluções no estômago. Deixastes a loucura nos
meus lábios, e despediu-se de mim.
Não há quem me
pegue sem tirar um pedaço de mim, vou, assim, desestruturando-me. Ana sem
braço, Ana sem perna, Ana sem olhos e, aos poucos, sem coração. Porque tudo
aqui vai endurecendo e o vento não é tão bonito quando parado.
Querem me
expulsar de mim. parece que todo mundo foi embora. mas eu nunca iria, porque eu
ainda espero que tu voltes. talvez a saudade seja um grito abafado, que eu não
consigo conter. tudo que eu sempre quis foi ver todas as cores dos teus olhos.
sem saber que, ao vê-las, eu não acharia mais as cores do mundo tão bonitas.
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